NOVA POSTAGEM !

Capítulo X

O sol parecia ter desistido de aparecer naquele dia, deixando-nos com uma sensação de tristeza e vazio. O ar ainda estava úmido e carregado, como se o peso das nuvens que cobriam o céu tivesse se infiltrado em cada partícula do ambiente.


CAPÍTULO X
CALMARIA

Capítulo IX

Atravessamos a floresta que ficava cada vez mais densa, correndo sem parar, até que finalmente chegamos a um pequeno campo aberto, de onde muito provavelmente o barulho tinha vindo, mas não havia nenhum sinal de Kathleen. 


O silêncio era ensurdecedor, mas ainda assim, podíamos sentir a tensão no ar. Olhei para trás e vi Tess com lágrimas nos olhos, sua voz soluçando:


CAPÍTULO IX
SIMPLESMENTE BESTIAL
GLORIA

Capítulo VIII

A fogueira crepitava suavemente à minha frente, iluminando a escuridão da noite de verão com um brilho reconfortante junto das estrelas. As suas brasas luminosas dançavam nos rostos sorridentes das pessoas ao meu redor, criando uma aura mágica e acolhedora. Me sentia tão feliz, tão em paz comigo mesma.


CAPÍTULO VIII
NOVOS VÍNCULOS
TESS

Capítulo VII


— O QUÊ?! 


Minha voz ecoou pela estação, atraindo olhares curiosos. Meu sorriso pela manhã simplesmente desapareceu, coagulando como leite azedo. Era como se todos os planos cuidadosamente traçados desmoronassem diante dos meus olhos.


CAPÍTULO VII
PÉS NA ÁREA SELVAGEM

Capítulo VI

Já faz exatamente uma semana desde que Hop partiu em sua jornada.


Por que eu ainda estava aqui?


Se acha que iniciar uma jornada é simples, igual dos filmes ou séries, digo que é completamente ao contrário. É muito mais do que simplesmente pegar uma mochila e sair pela porta.


CAPÍTULO VI
UM POUCO ATRASADA

Capítulo V


Já fazia uma semana desde o encontro com o Campeão.


Acho que nunca vi a vila em um clima tão eufórico e cheio de agitação desde muito tempo. O ar estava carregado de energia e mesmo dentro de casa, era possível ouvir música tocando de todos os lados, com uma empolgação borbulhando em cada esquina.

 


CAPÍTULO V
A DECISÃO TOMADA

Capítulo IV

Quando Leon entrou pela porta do pub, uma onda de pessoas se aglomerou em sua volta, ávidas por um autógrafo ou apenas para trocar algumas palavras com o campeão. Eu me vi levemente desconfortável com o tanto de homens quase me esmagando.


Adultos agiam tão fanaticamente quanto eu, mostrando que não havia idade para ser fã. Eu observei cada movimento de Leon enquanto ele cumprimentava os frequentadores com bons e sinceros sorrisos, parecendo tão à vontade ali como se estivesse em sua própria casa.



CAPÍTULO III
UMA VISITA INESPERADA

Capítulo III


Axel foi derrubado por uma investida agressiva do inimigo, caindo desamparado no outro lado do campo. Eu podia sentir a dor na minha alma enquanto a pobre criatura gemia de dor, impotente diante da plateia enlouquecida que celebrava a minha possível derrota.


— E caiu! – anunciou o juiz. 


CAPÍTULO III
SUPRESA

Capítulo II


— Estava procurando você pela cidade toda... – ele diz, com um sorriso largo. — Queria lhe contar uma coisa!


Enrolei os olhos com tanta intensidade que quase fiquei cega. O rapaz de Postwick mais lindo, inteligente, carismático e rico - tudo que um garoto perfeito deveria ser - mas também o mais chato de todos.


Não consegui esconder o meu descontentamento quando finalmente falei o seu nome, deixando escapar um suspiro exasperado:


— Hop... – balbuciei, minha voz carregada de frustração. – O que diabos você está fazendo aqui? 

CAPÍTULO II
INFÂNCIA

Capítulo I


Com a pokébola em minha mão, sinto o peso do momento decisivo e o frio na barriga aumentar a cada segundo. Olho ao redor do vestiário, observando o local vazio e escuro enquanto sinto a pressão aumentar cada vez mais e o suor escorrer pela minha testa.


As milhares estratégias ecoam em minha mente, e eu me esforço para manter a concentração enquanto me preparo para entrar em campo. A multidão ruge do lado de fora, ansiosa pelo início da partida, e sinto a adrenalina correr pelas minhas veias.


Para chegar à Liga dos Campeões, os treinadores precisam conquistar as oito insígnias do Desafio dos Ginásios da primeira divisão do país, um efeito que exige muito treinamento e dedicação, mesmo para treinadores talentosos. 


Com a vitória na Liga dos Campeões, o desafiante tem apenas sete dias para desafiar o atual Campeão para um confronto épico, nomeado como a “A Grande Batalha”, onde o título do campeão está finalmente em jogo.


O título é algo que muitos almejam, mas poucos conseguem alcançar. 


É difícil explicar para aqueles que não fazem parte desse mundo o que é o Campeão. Ele não é apenas uma figura lendária, mas um ideal a ser alcançado.


 Para os treinadores, o Campeão é a meta suprema a ser alcançada, o pico da montanha a ser escalado, o santo graal a ser conquistado, alguém que transcende as limitações do corpo e da mente, um ser que alcança a perfeição em sua arte, a personificação absoluta da responsabilidade, habilidade, poder, propósito e pureza de foco.


Ao abraçar esta vida, percebi que ela exige sacrifício. Devemos estar dispostos a dedicar nossas vidas a essa busca. Não há tempo para fraqueza ou hesitação. Devemos ser implacáveis em nossa busca pela vitória definitiva. Somente então podemos alcançar a grandeza.


Ao longo da trajetória, o treinador se depara com uma série de obstáculos que precisam ser superados. Desde rivais formidáveis que desejam alcançar o mesmo objetivo até adversidades inesperadas que podem surgir a qualquer momento, a jornada é repleta de situações que testam a coragem e a resiliência do competidor e é justamente isso que deixa tudo tão imersivo e emocionante.


Mesmo depois de conquistar o título, a jornada está longe de acabar. Manter-se no topo é ainda mais difícil do que alcançar o primeiro lugar. A pressão dos fãs, a expectativa dos patrocinadores e o desafio constante de manter o desempenho em alto nível podem desgastar até mesmo os mais talentosos.


No entanto, para aqueles que estão dispostos a lutar e a perseverar, o título de Campeão é um prêmio inestimável. É a realização de um sonho que foi cultivado ao longo de anos de treinamento, sacrifício e dedicação. Você se torna o espelho que reflete o melhor de nós mesmos e a inspiração que nos impulsiona a ir mais longe e mais alto. 


É a prova viva que, mesmo diante dos desafios mais difíceis, é possível superar as expectativas e alcançar a grandeza. 


Eu escolhi esse caminho, sabendo que não seria fácil, mas sei que ao vencer, ninguém jamais irá me conseguir tirar do torno. 


O locutor chama pelo meu nome e meu coração bate mais rápido.


Com um suspiro profundo, levanto-me da bancada e caminho em direção à saída do vestiário. Vai se revelando o brilho intenso do campo junto do barulho das vozes que ecoa pelo corredor.


É a chegada hora de mostrar do que somos capazes...

Que comece a partida.



CAPÍTULO I
GLÓRIA



Abri meus olhos lentamente e por alguns segundos, permaneci parada, confusa sobre onde estava. 


O meu celular começou a vibrar violentamente sobre a mesa, indicando que já passavam das quinze horas, faltava ainda uma hora. Meu corpo pesado e cansado começou a se movimentar aos poucos, enquanto tentava focar minha mente em meus arredores. A luz da tarde entrava pelas janelas altas da biblioteca da escola, criando raios de sol que dançavam em minha pele.


Minha cabeça latejou de exaustão, lembrando-me do tempo que havia passado estudando logo após das horas forçadas de treino na academia. 


Fechei os livros de estratégia com um suspiro, tomando nota mental de onde parei, antes de começar a organizar minhas anotações espalhadas por toda a mesa. Sozinha na gigantesca biblioteca, senti um silêncio ensurdecedor em meus ouvidos.


Senti uma fome súbita e avassaladora com o som do meu estômago rosnando. Havia passado do horário de almoço sem comer, um erro gigantesco meu, isso prejudicaria meus resultados físicos e mentais. Peguei rapidamente minha garrafa d'suco e suguei o líquido do canudo como se fosse a coisa mais preciosa do mundo e logo arranquei uma dentada da barra de cereais.


Eu sabia que a barra de cereais que estava comendo era apenas um paliativo para enganar o estômago até que eu pudesse ter uma refeição de verdade . Mas naquele momento, a mistura de sabores doces e salgados da barra era o que eu precisava para aliviar a fome.


Com cuidado, arrumei meus livros e anotações para dentro da minha gigantesca mochila, que já estava cheia de coisas para o dia todo. Ajeitei a pokébola dentro bolso pensando em abri-la ali mesmo. A biblioteca estava praticamente vazia, com apenas alguns alunos espalhados pelos cantos, o que era compreensível, já que estávamos próximos do fim das férias de verão.


Ao contrário da maioria dos meus colegas, que haviam retornado para suas casas ou viajado para outras regiões, eu permaneci na cidade. 


Minha casa ficava em Postwick, então era fácil para mim visitar a Escola em Wedgehurst e passar a maior parte do meu dia lá, longe dos fofoqueiros da vila. Além disso, eu estava determinada a fazer valer cada centavo que minha mãe havia sacrificado para pagar minha mensalidade.


A Escola Oxmorny era mais do que uma simples academia de batalha. Era um centro de treinamento de prestígio que oferecia um programa intensivo para jovens treinadores que buscavam aprimorar suas habilidades e técnicas de batalha. 


Eu sabia que minha mãe havia se esforçado muito para pagar a minha matrícula, e eu não queria desperdiçar essa oportunidade única.


Meu verão todo se resumiu em acordar todos os dias as cinco da manhã, chegar à escola as sete e começar o meu treinamento diário no ginásio junto do meu companheiro, após isso, estudava na biblioteca, ajudava algumas pessoas pela vila e voltava para casa, e tudo isso se repetia no dia seguinte.


Eu sabia que não podia brincar. O mundo das batalhas era impiedoso, principalmente para mulheres e eu sabia que se eu não estivesse preparada, nunca seria capaz de alcançar meus sonhos.


Desde pequena, soube que ser treinadora era a minha paixão. Minha mãe, que sempre me apoiou em tudo, notou meu talento logo depois do meu pai, e lembro-me claramente do dia em que fui convidada pelo diretor da escola para fazer parte dos Youngster.


Para você que não sabe o governo, ao reconhecer que ser um treinador profissional era uma profissão que aumentava cada vez mais, implementou uma iniciativa para incentivar jovens abaixo da idade legal a obter uma Licença de Treinador Provisória, com o objetivo de educar e desenvolver o caráter civil. Claramente a Lei Youngster  foi alvo de críticas por anos, até que finalmente entrou em vigor com muitas regras para evitar o pior.


Sob essas regras, nós, jovens treinadores, éramos restritos a rotas próximas às cidades e consideradas seguras. Tínhamos um toque de recolher e éramos constantemente vigiados por policiais, professores ou treinadores voluntários. Além disso, tínhamos permissão para ter no máximo três Pokémon em nossa Party e não podíamos possuir aqueles considerados perigosos, como os do tipo dragão, que eram estritamente proibidos.


A Lei promovia valores sociais, incentivando a participação em atividades culturais, esportivas e de saúde. Salvar um pequeno Pokémon ou ajudar as pessoas na cidade nos dava pontos e prestígio. Mas a quebra de qualquer uma dessas regras significava a retirada imediata da licença e uma punição severa, além de uma chance reduzida de obter uma licença permanente. Foi um momento mágico, que reafirmou a minha certeza de que esse era o meu caminho.


Com certo sucesso como Youngster, o diretor me indicou para a Escola Oxmorny, e eu sabia que essa era a minha grande chance de transformar meu sonho em realidade. Estou cá desde então, mas foi apenas no ano passado, quando recebi meu companheiro, que senti que finalmente estava progredindo.


Clico no botão que libera o meu Pokémon de sua pokébola. 


É proibido Pokémon em ambientes fechados sem a permissão de um adulto, mas não vejo problema. 


O brilho vermelho de sua liberação se desvanece, e Axel, meu Scorbunny , começa a tomar forma. A criatura bípede, coberta de pelos alaranjados e brancos, e suas altas orelhas de coelho se destacam na luz do sol. Antes mesmo que eu possa perceber, ele salta para fora da pokébola, ansioso para se divertir.


Sinto o toque macio de seu pelo enquanto o acaricio, e um sorriso se abre em meu rosto ao vê-lo feliz em me ver. É difícil explicar a conexão que um treinador tem com seu Pokémon, é uma espécie de vínculo especial que se desenvolve com o tempo. Mas eu sabia que Axel era mais do que um companheiro, um verdadeiro parceiro de treinamento e um aliado em batalha.



Eu ainda me lembro do dia em que eu o escolhi.


Axel, foi um presente da renomada Professora Magnólia, quando ela veio visitar a escola. Desde o momento em que pus meus olhos nele, soube que era o escolhido. Afinal, ele se destacou entre todos os outros iniciais, não apenas pela sua aparência única, mas também pela sua personalidade forte e enérgica, que eu sabia que me levaria à vitória. 


Retirei da minha mochila um pequeno recipiente com a comida. Era essencial cuidar bem da dieta do meu Scorbunny, as refeições que lhe proporcionava eram fundamentais para que pudesse se manter saudável e em forma, prontamente preparadas de acordo com suas preferências alimentares.


O recipiente continha feno de capim, um punhado de espinafre fresco e pellets que, como de costume, estavam cuidadosamente queimados até ficarem em um tom avermelhado, que deixavam um cheiro agradável no ar. Ao retirar a tampa, o Scorbunny já estava pulando de ansiedade para experimentar o conteúdo e então começou a se alimentar com voracidade, devorando cada pedaço com prazer.


Era minha responsabilidade cuidar dele e garantir que estivesse sempre em ótima forma. Além disso, era importante lembrar que ele era um Pokémon herbívoro, e que certos alimentos, como doces, pão e arroz, deveriam ser evitados para manter sua saúde em dia.


Me certifiquei que ele estava em forma, em menos de uma hora iriamos ter a nossa mais última batalha no pequeno torneio da escola.


Sai da biblioteca assim que ele terminou de comer e logo me seguiu.


Com Axel ao meu lado, eu corri pelos corredores da escola, me esforçando para chegar ao campo a tempo da nossa batalha. Eu olhei para Axel e ele parecia tão animado quanto eu, suas orelhas se levantaram com entusiasmo enquanto ele me encarava.


Um pequeno torneio estava sendo realizado para trazer um pouco de alegria para a cidade que ficava quase que desértica durante o Verão, eu inicialmente não quis aceitar, mas a proposta de que o vencedor do torneio poderia iniciar a sua jornada na segunda divisão enchia os meus olhos. Essa era a minha grande oportunidade, mesmo que eu achasse que as chances de isso ser verdade eram quase nulas.


A segunda divisão havia sido criada antes da Lei Youngster, pela Confederação da Liga, em resposta ao grande número de treinadores que surgiam a cada dia. A verdade é que a discrepância de habilidade entre treinadores novatos e profissionais era grande demais, tornando as batalhas monótonas e chatas. Alguns treinadores acabavam com as lutas em um único turno, enquanto outras duravam uma eternidade, tornando tudo uma verdadeira bagunça.


A divisão permitia que jovens treinadores tivessem a oportunidade de competir em um nível mais profissional e ganhar experiência ao lutar contra os líderes de ginásio, visando uma promoção para a primeira divisão. Na primeira divisão, o nível de habilidade era ainda mais alto e era necessário ter uma carta de recomendação para se qualificar. Mas essa carta nunca seria minha, então minha única opção era evoluir naturalmente e passar por todas as fases para entrar na segunda divisão.


Valia a pena tentar.


Todos para além dos alunos da escola tinham direito a participar, inclusive maiores de idade. Apenas se podia escolher um Pokémon e mantê-lo até o fim do torneio, as regras eram as mais básicas possíveis seguindo as regras tradicionais. Aquela tarde era para decidir o vencedor do torneio em uma final. 


Quando finalmente chegamos, eu pude ver as bancadas com número generoso de pessoas, pais e mães, crianças e talvez alguns agentes de talento já esperando pela batalha, ainda que faltasse mais uma meia hora. 


O vento quente soprava em meu rosto, trazendo um leve odor de mato, a vegetação da área externa da escola. Eu inspirei profundamente, absorvendo o ar fresco enquanto observava o outro competidor do outro lado do campo se preparando para a última rodada.


A energia vibrante e contagiante que envolvia o local me fazia sentir animada e entusiasmada, mas toda minha boa disposição desapareceu assim que ouvi aquela maldita voz:


— Gloria!


Vejo aqueles dentes brilhantes, aquela pele achocolatada, corpo malhado grande  demais para jaqueta jeans  forrada com lã na gola, aquele corte de cabelo impecável e aquela voz que fazia garotas e garotos suspirarem, com um sotaque das grandes cidades apesar de ter vivido toda a sua vida na mesma vila que eu.


Créditos ao Artista,  Sankaku

A vibração elétrica que antes envolvia o local agora parecia ter sido sugada pelo chão. Tudo que sobrou foi a presença dominante do rapaz mais chato da cidade. A minha vontade era de desaparecer dali e nunca mais ouvir a sua voz irritante, mas eu sabia que não seria tão fácil assim.


— Estava procurando você pela cidade toda... – ele diz, com um sorriso largo. — Queria lhe contar uma coisa!


Enrolei os meus olhos com tanta força que quase fiquei cega. O rapaz mais lindo, inteligente, carismático, rico e perfeito garoto de Postwick, mas também o mais chato de todos.


Não consegui esconder o meu descontentamento quando finalmente falei o seu nome:


— Hop... 


Arceus me ajude... 

Prólogo


Conseguir arrancar uma entrevista com o bilionário Rose era, talvez, a tarefa que muitos consideravam impossível, perdendo somente para o Campeão.


PRÓLOGO
JOANNE


Estamos nos referindo a um dos homens mais influentes de Galar, envolvido em vários projetos inovadores e com uma agenda repleta de compromissos que exigem sua constante atenção.


A simples ideia de dedicar seu precioso tempo a uma entrevista para um canal de fofocas parece absurda. Afinal, Rose é conhecido por sua aversão à mídia sensacionalista e é extremamente criterioso quando se trata de selecionar os veículos de comunicação com os quais se decide envolver, incluindo sua própria equipe de mídia.


Foram necessários mais de um ano para que minha equipe conseguisse obter seu número de contato e mais alguns meses para finalmente marcar o fatídico dia da entrevista, a ser realizada em nosso estúdio em Bel Air, Wyndon.


Com um movimento sutil, ajeito meus cabelos loiros para o lado e mantenho minhas pernas cruzadas enquanto ouço atentamente o bilionário falar com entusiasmo sobre seus projetos. Após elogiar minha última pergunta, ele continua a descrever suas ideias revolucionárias, cativando tanto a mim quanto ao público dentro do Talk Show.


O terno acinzentado de tecido fino, combinado com botões de metal e uma gravata vinho de alta qualidade, demonstram um cuidado refinado com a aparência. O brilho do relógio no pulso chama a atenção e reflete as luzes do estúdio.


Sinto a responsabilidade de conduzir a entrevista com maestria. Estou ciente de que esta é uma oportunidade única de explorar a sua psique brilhante e fornecer aos nossos espectadores informações valiosas sobre este homem visionário:


— Galar sempre se mostrou um lugar perfeito para sediar a World Coronation.  – Seus olhos esverdeados-oliva encontram os meus enquanto ele fala, gesticulando com as mãos para enfatizar seu ponto de vista.


A maneira articulada e persuasiva de Rose é fascinante e envolvente.


— Realmente, temos uma história rica em batalhas e um amor incondicional pelo esporte, mas há sempre aquele país rival que tenta ofuscar nossa luz, não é mesmo? — digo em tom brincalhão, com um sorriso nos lábios.


Rose ri junto do público e se ajeita na poltrona de couro onde ele está sentado.


— Nós não vamos deixar isso acontecer. – ele disse. – Queremos mostrar ao mundo o que Galar tem de melhor a oferecer. Temos uma cultura diversa rica que merece ser celebrada, treinadores talentosos e uma infraestrutura esportiva invejável. Fizemos tudo o que estava em nosso poder para trazer a World Coronation para casa.


— Claro, sem contar que o chá das cinco pode ser uma ótima opção de intervalo para os jogadores – ponderei.


— Quem sabe até possamos oferecer um chá especial de campeão para os vencedores?

— Acho que falo por todos quando digo que ficamos felizes em ouvir isso, Rose. – finalizo.


O som alegre de gargalhadas ecoou pelo estúdio, enchendo o ambiente com uma energia contagiante. Rose sorriu, claramente satisfeito com a reação, enquanto o público se recuperava do momento de descontração e voltava a ouvir-nos atentamente:


– Como o senhor acredita que a Coroação afetará a economia do país?


A pausa dramática antes de sua resposta só aumenta a tensão na sala, deixando todos à beira de seus assentos.


Olhando para o horizonte como se estivesse prevendo o futuro, ele responde:


— Bem, a Coroação trará uma injeção massiva de dinheiro em nossa economia, desde o turismo até o comércio local. – diz ele finalmente, em tom solene. – Nossos negócios florescerão, adiantaremos nossa crise de energia iminente  e nossos cidadãos terão mais oportunidades de emprego. Mas mais importante que isso, é a sensação de unidade e orgulho que a Coroação pode trazer ao nosso país. Veremos uma explosão de patriotismo, uma verdadeira celebração do que é ser Galariano. E isso, meus amigos, não tem preço.


O som de palmas ritmadas e animadas enche o ar. A atmosfera é eletrizante, como se todos soubessem que estão prestes a testemunhar algo histórico. Observo a plateia com admiração, maravilhada com a forma como Rose é capaz de controlar sua atenção.


Seu rosto confiante e voz calma são como um ímã, capturando a atenção de todos. Enquanto o público se acalma, finalmente sou capaz de me aperceber do que foi dito.


Sinto um arrepio percorrer minha espinha.


— Espera, o que disse? – pergunto, confusa.


Os olhares curiosos do público se voltam para mim. Eu me sinto um pouco envergonhada por ter perdido o fio da conversa, mas não posso permitir que a entrevista perca o rumo.


A expressão de Rose muda, seus olhos fixos em mim, como se soubesse que eu estava prestes a fazer uma pergunta que desafiaria suas palavras. Eu podia sentir a tensão no ar, como uma espécie de eletricidade que percorria a sala, deixando todos em silêncio.


— Poderia repetir o que disse, por favor, Rose? – peço, tentando manter a compostura. – Uma crise de energia iminente?


— Sim, infelizmente, é uma realidade que estamos enfrentando. A demanda por energia no país tem crescido exponencialmente nos últimos anos, enquanto nossas fontes de energia são cada vez mais escassas.


O ar fica mais pesado depois de suas palavras. O público murmura, parecendo consternado com a possibilidade de um futuro incerto. Como entrevistadora, não posso deixar que o pessimismo se espalhe pela conversa. Preciso encontrar um ponto de luz no meio da escuridão.


— Nossa, é melhor eu começar a economizar a energia do meu micro-ondas , então – digo, fazendo uma pausa para um sorriso. Mas a expressão séria de Rose me faz perceber que não é hora para piadas.


— O risco de uma crise energética é real e preocupante. A Coroação, no entanto, trará investimentos em infraestrutura e tecnologia que podem ajudar a evitar ou adiar esse cenário sombrio.


— Que tipo de problemas iríamos enfrentar? – disse. – Já passamos por crises semelhantes, como a do carvão, alguns anos atrás, não?  No final, sempre conseguimos superar.


Rose olhou-me com uma expressão de compaixão. Senti um frio na espinha. Sabia que a resposta não seria boa.


— Sim, é verdade, mas olhe ao seu redor, Joanne. Dependemos da Partículas Macro para tudo. Para a economia, transporte, produção de energia e até mesmo dentro dos estádios, setores que o carvão jamais atingiu. Não temos alternativas viáveis para substituí-lo em curto prazo.


A resposta de Rose foi como uma bomba explodindo no meio do estúdio.


— Então, o que podemos fazer? – pergunto, com a voz falhando.


O magnata suspirou, parecendo cansado. Ele parecia ser alguém que carregava nas costas a responsabilidade de todo um país.


— Estamos em uma busca intensa por outras fontes de energia renováveis capazes de suprir a demanda cada vez maior do nosso país. Formas de produzir energia que sejam mais sustentáveis e menos dependentes...


— E encontraram alguma até o momento? - indaguei com uma ponta de esperança na voz.


A expressão no rosto de Rose foi a resposta que precisava. O desânimo era evidente em seus olhos, e pude sentir a tensão que se espalhava na sala. Era como se o peso da responsabilidade tivesse caído sobre mim também. Como se o futuro de um país inteiro estivesse em minhas mãos.


— Se não encontrarmos uma solução o mais depressa possível, Galar cairá. E não existirá volta... – disse, com a voz grave e séria. 


Senti as pernas fraquejarem e tive que me apoiar na cadeira para não cair. Era como se estivesse no meio de uma tempestade, sem saber para onde me virar. Sabia que tinha que manter a calma, porém a perspectiva de um futuro sem energia é apavorante.


Sem saber o que dizer, virei-me para a câmera, tremendo. Queria desesperadamente dizer algo que pudesse mudar tudo aquilo, mas não conseguia encontrar as palavras certas.


— Acho que é tempo para uma pequena pausa...


Disse, anunciando ao público. Era tudo o que podia fazer para me manter firme.



RECORRENTES

GLORIA WALSH
POSTWICK


Gloria Elizabeth Walsh é uma jovem treinadora de 16 anos de espírito competitivo que luta para alcançar a perfeição em suas performances. Ela é um exemplo de determinação e trabalho duro, capaz de superar seus próprios medos e inseguranças para se tornar uma atleta de sucesso. 

Desde pequena, decidiu se tornar uma treinadora profissional e a próxima campeã do esporte no seu país. Sonhadora, vinda de família humilde em uma vila pacata, ela conseguiu tornar-se uma Youngster e mais tarde conseguiu estudar em uma escola exclusiva para futuros treinadores na cidade de Wedgehurst. Após uma vitória marcante em um torneio escolar, Gloria Walsh é escolhida pelo Campeão para competir na primeira divisão, o nível mais alto de competição.

Apesar de se sentir despreparada para o desafio, Gloria acaba por aceitar o convite e agora está pronta levar a sua equipe à vitória.

Créditos ao Artista, Sankaku

EDWARD KINGSTONE
POSTWICK


Os olhos de todos estão atentos a Edward Hopper Kingstone e em seu talento como treinador, será que ele ele será capaz de atender as expectativas e superar o seu irmão? Descrito como um jovem determinado, apaixonado e ousado, não importa por onde passa, Hop quebra corações com o seu belo carisma e inteligência.

Hop e Gloria foram grandes amigos na infância, mas ao longo dos anos, a relação entre eles se tornou um pouco conturbada e acabaram se afastando um pouco devido às diferenças. No entanto, apesar disso, ele continua a tratar a amiga com muito carinho sempre que a encontra e inclusive motivou a garota a seguir sua jornada. 

Decidiu seguir a carreira de treinador não apenas por causa da enorme inspiração que seu irmão lhe proporcionou, mas também para provar a todos que é capaz de chegar ao topo  e obter o reconhecimento e prestígio que merece.




Reflexões do Autor

 

" Não sei como me apresentar a vocês depois de tantas tentativas de recomeçar essa história. Esta é a terceira vez que tento, mas prometo que será a última. Confesso que sinto vergonha de voltar a escrever, nunca sei se a história que crio é boa o suficiente. Além disso, tenho notado que estou ficando mais velho e minhas prioridades estão mudando.

Apesar dessas incertezas, vou tentar pelo menos terminar um livro para vocês. Quanto tempo isso vai levar, não sei dizer. Mas quero deixar claro que, para quem acompanhou as versões antigas, o estilo da história mudou. Estou tentando algo mais orgânico, com os pés no chão, e dando um foco ainda maior na vida profissional de treinadores e a Liga, mostrando como Galar é um verdadeiro show, assim como nos jogos. Espero que gostem.

Como podem ver, o blog mudou e ainda há algumas coisas a serem adicionadas. Ao longo do tempo, ele ficará cada vez mais completo. Admito que não sou muito bom em organizar minhas ideias e texto aqui, mas agradeço a todos pelo apoio e motivação para continuar escrevendo. (Acabei não falando sobre o prólogo, mas fica para a próxima).

Enfim, vou deixá-los por agora. A próxima semana terá mais novidades! "


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