domingo, 12 de março de 2023


Com a pokébola em minha mão, sinto o peso do momento decisivo e o frio na barriga aumentar a cada segundo. Olho ao redor do vestiário, observando o local vazio e escuro enquanto sinto a pressão aumentar cada vez mais e o suor escorrer pela minha testa.


As milhares estratégias ecoam em minha mente, e eu me esforço para manter a concentração enquanto me preparo para entrar em campo. A multidão ruge do lado de fora, ansiosa pelo início da partida, e sinto a adrenalina correr pelas minhas veias.


Para chegar à Liga dos Campeões, os treinadores precisam conquistar as oito insígnias do Desafio dos Ginásios da primeira divisão do país, um efeito que exige muito treinamento e dedicação, mesmo para treinadores talentosos. 


Com a vitória na Liga dos Campeões, o desafiante tem apenas sete dias para desafiar o atual Campeão para um confronto épico, nomeado como a “A Grande Batalha”, onde o título do campeão está finalmente em jogo.


O título é algo que muitos almejam, mas poucos conseguem alcançar. 


É difícil explicar para aqueles que não fazem parte desse mundo o que é o Campeão. Ele não é apenas uma figura lendária, mas um ideal a ser alcançado.


 Para os treinadores, o Campeão é a meta suprema a ser alcançada, o pico da montanha a ser escalado, o santo graal a ser conquistado, alguém que transcende as limitações do corpo e da mente, um ser que alcança a perfeição em sua arte, a personificação absoluta da responsabilidade, habilidade, poder, propósito e pureza de foco.


Ao abraçar esta vida, percebi que ela exige sacrifício. Devemos estar dispostos a dedicar nossas vidas a essa busca. Não há tempo para fraqueza ou hesitação. Devemos ser implacáveis em nossa busca pela vitória definitiva. Somente então podemos alcançar a grandeza.


Ao longo da trajetória, o treinador se depara com uma série de obstáculos que precisam ser superados. Desde rivais formidáveis que desejam alcançar o mesmo objetivo até adversidades inesperadas que podem surgir a qualquer momento, a jornada é repleta de situações que testam a coragem e a resiliência do competidor e é justamente isso que deixa tudo tão imersivo e emocionante.


Mesmo depois de conquistar o título, a jornada está longe de acabar. Manter-se no topo é ainda mais difícil do que alcançar o primeiro lugar. A pressão dos fãs, a expectativa dos patrocinadores e o desafio constante de manter o desempenho em alto nível podem desgastar até mesmo os mais talentosos.


No entanto, para aqueles que estão dispostos a lutar e a perseverar, o título de Campeão é um prêmio inestimável. É a realização de um sonho que foi cultivado ao longo de anos de treinamento, sacrifício e dedicação. Você se torna o espelho que reflete o melhor de nós mesmos e a inspiração que nos impulsiona a ir mais longe e mais alto. 


É a prova viva que, mesmo diante dos desafios mais difíceis, é possível superar as expectativas e alcançar a grandeza. 


Eu escolhi esse caminho, sabendo que não seria fácil, mas sei que ao vencer, ninguém jamais irá me conseguir tirar do torno. 


O locutor chama pelo meu nome e meu coração bate mais rápido.


Com um suspiro profundo, levanto-me da bancada e caminho em direção à saída do vestiário. Vai se revelando o brilho intenso do campo junto do barulho das vozes que ecoa pelo corredor.


É a chegada hora de mostrar do que somos capazes...

Que comece a partida.



CAPÍTULO I
GLÓRIA



Abri meus olhos lentamente e por alguns segundos, permaneci parada, confusa sobre onde estava. 


O meu celular começou a vibrar violentamente sobre a mesa, indicando que já passavam das quinze horas, faltava ainda uma hora. Meu corpo pesado e cansado começou a se movimentar aos poucos, enquanto tentava focar minha mente em meus arredores. A luz da tarde entrava pelas janelas altas da biblioteca da escola, criando raios de sol que dançavam em minha pele.


Minha cabeça latejou de exaustão, lembrando-me do tempo que havia passado estudando logo após das horas forçadas de treino na academia. 


Fechei os livros de estratégia com um suspiro, tomando nota mental de onde parei, antes de começar a organizar minhas anotações espalhadas por toda a mesa. Sozinha na gigantesca biblioteca, senti um silêncio ensurdecedor em meus ouvidos.


Senti uma fome súbita e avassaladora com o som do meu estômago rosnando. Havia passado do horário de almoço sem comer, um erro gigantesco meu, isso prejudicaria meus resultados físicos e mentais. Peguei rapidamente minha garrafa d'suco e suguei o líquido do canudo como se fosse a coisa mais preciosa do mundo e logo arranquei uma dentada da barra de cereais.


Eu sabia que a barra de cereais que estava comendo era apenas um paliativo para enganar o estômago até que eu pudesse ter uma refeição de verdade . Mas naquele momento, a mistura de sabores doces e salgados da barra era o que eu precisava para aliviar a fome.


Com cuidado, arrumei meus livros e anotações para dentro da minha gigantesca mochila, que já estava cheia de coisas para o dia todo. Ajeitei a pokébola dentro bolso pensando em abri-la ali mesmo. A biblioteca estava praticamente vazia, com apenas alguns alunos espalhados pelos cantos, o que era compreensível, já que estávamos próximos do fim das férias de verão.


Ao contrário da maioria dos meus colegas, que haviam retornado para suas casas ou viajado para outras regiões, eu permaneci na cidade. 


Minha casa ficava em Postwick, então era fácil para mim visitar a Escola em Wedgehurst e passar a maior parte do meu dia lá, longe dos fofoqueiros da vila. Além disso, eu estava determinada a fazer valer cada centavo que minha mãe havia sacrificado para pagar minha mensalidade.


A Escola Oxmorny era mais do que uma simples academia de batalha. Era um centro de treinamento de prestígio que oferecia um programa intensivo para jovens treinadores que buscavam aprimorar suas habilidades e técnicas de batalha. 


Eu sabia que minha mãe havia se esforçado muito para pagar a minha matrícula, e eu não queria desperdiçar essa oportunidade única.


Meu verão todo se resumiu em acordar todos os dias as cinco da manhã, chegar à escola as sete e começar o meu treinamento diário no ginásio junto do meu companheiro, após isso, estudava na biblioteca, ajudava algumas pessoas pela vila e voltava para casa, e tudo isso se repetia no dia seguinte.


Eu sabia que não podia brincar. O mundo das batalhas era impiedoso, principalmente para mulheres e eu sabia que se eu não estivesse preparada, nunca seria capaz de alcançar meus sonhos.


Desde pequena, soube que ser treinadora era a minha paixão. Minha mãe, que sempre me apoiou em tudo, notou meu talento logo depois do meu pai, e lembro-me claramente do dia em que fui convidada pelo diretor da escola para fazer parte dos Youngster.


Para você que não sabe o governo, ao reconhecer que ser um treinador profissional era uma profissão que aumentava cada vez mais, implementou uma iniciativa para incentivar jovens abaixo da idade legal a obter uma Licença de Treinador Provisória, com o objetivo de educar e desenvolver o caráter civil. Claramente a Lei Youngster  foi alvo de críticas por anos, até que finalmente entrou em vigor com muitas regras para evitar o pior.


Sob essas regras, nós, jovens treinadores, éramos restritos a rotas próximas às cidades e consideradas seguras. Tínhamos um toque de recolher e éramos constantemente vigiados por policiais, professores ou treinadores voluntários. Além disso, tínhamos permissão para ter no máximo três Pokémon em nossa Party e não podíamos possuir aqueles considerados perigosos, como os do tipo dragão, que eram estritamente proibidos.


A Lei promovia valores sociais, incentivando a participação em atividades culturais, esportivas e de saúde. Salvar um pequeno Pokémon ou ajudar as pessoas na cidade nos dava pontos e prestígio. Mas a quebra de qualquer uma dessas regras significava a retirada imediata da licença e uma punição severa, além de uma chance reduzida de obter uma licença permanente. Foi um momento mágico, que reafirmou a minha certeza de que esse era o meu caminho.


Com certo sucesso como Youngster, o diretor me indicou para a Escola Oxmorny, e eu sabia que essa era a minha grande chance de transformar meu sonho em realidade. Estou cá desde então, mas foi apenas no ano passado, quando recebi meu companheiro, que senti que finalmente estava progredindo.


Clico no botão que libera o meu Pokémon de sua pokébola. 


É proibido Pokémon em ambientes fechados sem a permissão de um adulto, mas não vejo problema. 


O brilho vermelho de sua liberação se desvanece, e Axel, meu Scorbunny , começa a tomar forma. A criatura bípede, coberta de pelos alaranjados e brancos, e suas altas orelhas de coelho se destacam na luz do sol. Antes mesmo que eu possa perceber, ele salta para fora da pokébola, ansioso para se divertir.


Sinto o toque macio de seu pelo enquanto o acaricio, e um sorriso se abre em meu rosto ao vê-lo feliz em me ver. É difícil explicar a conexão que um treinador tem com seu Pokémon, é uma espécie de vínculo especial que se desenvolve com o tempo. Mas eu sabia que Axel era mais do que um companheiro, um verdadeiro parceiro de treinamento e um aliado em batalha.



Eu ainda me lembro do dia em que eu o escolhi.


Axel, foi um presente da renomada Professora Magnólia, quando ela veio visitar a escola. Desde o momento em que pus meus olhos nele, soube que era o escolhido. Afinal, ele se destacou entre todos os outros iniciais, não apenas pela sua aparência única, mas também pela sua personalidade forte e enérgica, que eu sabia que me levaria à vitória. 


Retirei da minha mochila um pequeno recipiente com a comida. Era essencial cuidar bem da dieta do meu Scorbunny, as refeições que lhe proporcionava eram fundamentais para que pudesse se manter saudável e em forma, prontamente preparadas de acordo com suas preferências alimentares.


O recipiente continha feno de capim, um punhado de espinafre fresco e pellets que, como de costume, estavam cuidadosamente queimados até ficarem em um tom avermelhado, que deixavam um cheiro agradável no ar. Ao retirar a tampa, o Scorbunny já estava pulando de ansiedade para experimentar o conteúdo e então começou a se alimentar com voracidade, devorando cada pedaço com prazer.


Era minha responsabilidade cuidar dele e garantir que estivesse sempre em ótima forma. Além disso, era importante lembrar que ele era um Pokémon herbívoro, e que certos alimentos, como doces, pão e arroz, deveriam ser evitados para manter sua saúde em dia.


Me certifiquei que ele estava em forma, em menos de uma hora iriamos ter a nossa mais última batalha no pequeno torneio da escola.


Sai da biblioteca assim que ele terminou de comer e logo me seguiu.


Com Axel ao meu lado, eu corri pelos corredores da escola, me esforçando para chegar ao campo a tempo da nossa batalha. Eu olhei para Axel e ele parecia tão animado quanto eu, suas orelhas se levantaram com entusiasmo enquanto ele me encarava.


Um pequeno torneio estava sendo realizado para trazer um pouco de alegria para a cidade que ficava quase que desértica durante o Verão, eu inicialmente não quis aceitar, mas a proposta de que o vencedor do torneio poderia iniciar a sua jornada na segunda divisão enchia os meus olhos. Essa era a minha grande oportunidade, mesmo que eu achasse que as chances de isso ser verdade eram quase nulas.


A segunda divisão havia sido criada antes da Lei Youngster, pela Confederação da Liga, em resposta ao grande número de treinadores que surgiam a cada dia. A verdade é que a discrepância de habilidade entre treinadores novatos e profissionais era grande demais, tornando as batalhas monótonas e chatas. Alguns treinadores acabavam com as lutas em um único turno, enquanto outras duravam uma eternidade, tornando tudo uma verdadeira bagunça.


A divisão permitia que jovens treinadores tivessem a oportunidade de competir em um nível mais profissional e ganhar experiência ao lutar contra os líderes de ginásio, visando uma promoção para a primeira divisão. Na primeira divisão, o nível de habilidade era ainda mais alto e era necessário ter uma carta de recomendação para se qualificar. Mas essa carta nunca seria minha, então minha única opção era evoluir naturalmente e passar por todas as fases para entrar na segunda divisão.


Valia a pena tentar.


Todos para além dos alunos da escola tinham direito a participar, inclusive maiores de idade. Apenas se podia escolher um Pokémon e mantê-lo até o fim do torneio, as regras eram as mais básicas possíveis seguindo as regras tradicionais. Aquela tarde era para decidir o vencedor do torneio em uma final. 


Quando finalmente chegamos, eu pude ver as bancadas com número generoso de pessoas, pais e mães, crianças e talvez alguns agentes de talento já esperando pela batalha, ainda que faltasse mais uma meia hora. 


O vento quente soprava em meu rosto, trazendo um leve odor de mato, a vegetação da área externa da escola. Eu inspirei profundamente, absorvendo o ar fresco enquanto observava o outro competidor do outro lado do campo se preparando para a última rodada.


A energia vibrante e contagiante que envolvia o local me fazia sentir animada e entusiasmada, mas toda minha boa disposição desapareceu assim que ouvi aquela maldita voz:


— Gloria!


Vejo aqueles dentes brilhantes, aquela pele achocolatada, corpo malhado grande  demais para jaqueta jeans  forrada com lã na gola, aquele corte de cabelo impecável e aquela voz que fazia garotas e garotos suspirarem, com um sotaque das grandes cidades apesar de ter vivido toda a sua vida na mesma vila que eu.


Créditos ao Artista,  Sankaku

A vibração elétrica que antes envolvia o local agora parecia ter sido sugada pelo chão. Tudo que sobrou foi a presença dominante do rapaz mais chato da cidade. A minha vontade era de desaparecer dali e nunca mais ouvir a sua voz irritante, mas eu sabia que não seria tão fácil assim.


— Estava procurando você pela cidade toda... – ele diz, com um sorriso largo. — Queria lhe contar uma coisa!


Enrolei os meus olhos com tanta força que quase fiquei cega. O rapaz mais lindo, inteligente, carismático, rico e perfeito garoto de Postwick, mas também o mais chato de todos.


Não consegui esconder o meu descontentamento quando finalmente falei o seu nome:


— Hop... 


Arceus me ajude... 

{ 11 Comentários... leia-os abaixo ou comente }

  1. Yooo Welfie

    Quem duvidou nunca imaginou que eu estaria aqui kkkkkkkk Mas cá estou. Estava ansiosa para ver essa sua nova fase em Galar, como eu te acompanho na sua dedicação, estou ansiosa para acompanhar essa evolução :3
    E digo que estou admirada com a quantidade de detalhes. Mas vamos aos poucos
    Capítulos em primeira pessoa são um desafio, mas eles são gratificantes quando se sabe trabalhar com eles. E vc foi agraciado com essa gratificação. Está tudo impecável!
    A quantidade de detalhes que você trouxe para nos introduzir na vida de treinadora da Gloria, bem como todas as dificuldades e inseguranças me traz uma conexão muito maior. Consigo imaginar a ansiedade e dedicação dela se comparando comigo na minha faculdade, isso a tornou viva.
    Consegui enxergar um pouco da sua vida morando em outro país para estudar e voltando algumas vezes para casa, sempre se preocupando em se dedicar para valer cada esforço.
    E por falar em esforço, que ESFORÇO INCRÍVEL nesse worldbuilding. Mesmo trabalhando com fantasia, vc criou regras, políticas e regras que eu genuinamente aplicaria na vida real se Pokémons existissem. Já votarei em vc para presidente se vivessemos em um mundo com as criaturinhas hausuahshu
    Quero realçar aqui como EU TO ANSIOSA PARA VER ESSE HOP INSUPORTÁVEL! Me surpreenda com um Hop que se gaba por ter um irmão campeão hasuahushuashu

    Excelente trabalho, querido <3

    See ya

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Star!

      Como está?

      Fico realmente contente que está acompanhando a história, me dá muita motivação para continuar escrevendo. Acho inclusive que vai gostar de algumas coisas que vou trazer para a história, espero eu.

      As vezes tenho dificuldades em descrever a visão dos personagens de forma satisfatória. Sinto que não consigo transmitir com clareza a personalidade deles, o que acaba me deixando inseguro em relação à qualidade do meu texto.

      Que ótimo que você se conectou com a personagem Gloria! É sempre gratificante quando conseguimos criar personagens que parecem reais e vivos e que o leitor possa se identificar com eles.

      Devo confessar que a ideia dos Youngsters não é exclusivamente minha, mas sim do escritor Takezoo, de Memórias Póstumas de Red
      uma história de Spirit muuuuito boa e recomendo a leitura. Acabei me inspirando (já pra não dizer copiar) e coloquei um pouco do meu estilo, deixando as coisas menos dark e trágicas.

      Quero dar um destaque e uma explicação do porquê de cada classe do mundo Pokémon existir e é consideravelmente dificil, ainda assim muito obrigado pelos elogios chego até a ficar sem jeito kkkkk.

      Muito obrigado pelo seu comentário novamente e espero ve-la no próximo capítulo.

      Excluir
  2. Sabe de uma coisa? Acho que a treinadora do Sorbuny está destinada a ter muita "Glória" Ba dum Tis...

    Maldito seja Hop, a menina estava pronta para a batalha e vc acabou com a concentração dela, espero que o que o senhor tenha a dizer seja realmente importante!

    Continue o trabalho duro Welfie, até a próxima!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Anão!

      Meu Deus, essa piada... não sei nem como reagir.

      Realmente, também espero junto de você que o que o Hop tenha a dizer seja importante porque se não... Imagina você, se preparando para batalhar para depois vir um cara e tirar completar a concentração a troco de nada?!

      Muito Obrigado pelo comentário, Anan.

      Até Logo!

      Excluir
  3. Gloria, segura ai.
    Hop tem mais interessadas no irmãozito do campeão! VAMOS VER QUEM VAI CAÇAR O WOOLOO DELE PRIMEIRO.

    Fora de brincadeiras, otimo Capitulo! Estou ansiosa em ver como vais trabalhar com o Hop, que é uma das minhas personagens favoritas de Galar.
    Devo elogias a sua construção de mundo! As regras são geniais, e tanta coisa que nem eu me lembraria de escrever na hora. Adorei essa atenção toda aos detalhes.

    Até à próxima!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Olá Shii!

      Fico feliz que tenha gostado do capítulo e esteja ansiosa para ver como vou trabalhar com o Hop na história. Ele é realmente uma personagem interessante e talvez um dos meus favoritos da nova geração de personagens da franquia.

      Tenho muitas ideias para explorar sua personalidade e seu papel na trama e alguns podem não gostar ou não, mas é assim pelo menos que eu vejo o personagem. Quero deixá-lo mais único, diferente dos jogos, mas não diferente ao ponto de ser irreconhecível, mas sim ainda mais profundo e complexo. Espero conseguir trazer isso para a escrita.

      Como disse a, Star logo a cima, devo dar os créditos ao Takezoo, escritor de Memórias Póstumas de Red para Spirit a ideia dos Youngsters por exemplo, retirei de lá e fiz um pequeno twist meu. Ele é o verdadeiro génio, a história dele é perfeita dos pés a cabeça.

      Muito Obrigado pelo seu comentário e espero ve-la nos próximos capítulos!

      Até Logo!

      Excluir
  4. Glória nas alturas, irmão!
    Brincadeiras a parte eu amo esse primeiro capítulo, pois já estabelece para nós leitores como é o cenário político e esportivo da região de Galar e como funciona o sistema ao qual Glória faz parte, simplesmente demais cara, quero muito ver como tudo isso será desenvolvido e olha que eu sou revisor seu, mas ler isso com uma perspectiva de leitor é interessante até pq vc percebe como se dá o universo e o entorno dele.
    Glória é uma personagem que gosto de estar na cabeça dela, é um estilo de narração bem distinto que o do resto da Neo que escreve narração em terceira pessoa específica ou terceira pessoa onisciente, já nos dá uma nuance maior e mais próxima de quem é a Glória, suas motivações, emoções e tudo mais. Eu o invejo por conseguir escrever em primeira pessoa bem assim por que eu mesmo não conseguiria, sou péssimo quando se trata deste tipo de narração, mas à sua história combina tanto.
    Enfim, prolongou muito este comentário, quero muito ver o Hop, afinal ele é um querido e de acordo com a narração da Glória (que estava horny, cof) ele é o típico galã do colégio, o bonitão das tapiocas como diria a Andressa Catty. Agora é esperar o próximo capítulo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu Deus, as piadas 💀

      Sendo sincero, o primeiro capítulo foi muito diferente do que eu tinha em mente, sabia? Queria prender logo o leitor com uma cena mais intensa, mas depois, percebi que seria melhor desenvolver tudo muito mais devagar e levando um passo de cada vez, então posso vos informar que este primeiro arco é bem calmo e bem simples, sem muita batalha.

      A Glória sem dúvidas é uma personagem interessante, fiz pouquissimas mudanças da sua personalidade comparada ao reboot anterior e acho NO MOMENTO estou satisfeito com a personaldiade e o arco que darei a personagem.

      Olha, as vezes passos minutos se não horas olhando para o Word sem saber o que escrever, é bem dificil entrar na cabeça da personagem e ter medo de quando escrever sobre a visão de outro personagem acabe sendo tudo igual. Enfim, veremos.

      Obrigado pelo comentário, Leucro e novamente agradeço pela revisão do capítulo é sempre bom te-lo por aqui!

      Excluir
  5. Po, queria entrar na brincadeira do pessoal e fazer algum trocadilho com "Gloria", mas to sem criatividade kkkkkkkkkk

    Logo de cara já vou comentar que foi interessante esse jogo de linha temporal que você fez logo no início. Quer dizer então que a história já começa em sua própria conclusão, e a partir daqui veremos as lembranças da Gloria em sua trajetória até este dia?

    Cara, eu sei que como você também é fã de futebol Galar ia cair como uma luva na sua mão, mas mesmo assim fiquei impressionado com o nível de detalhe e complexidade que você deu pro sistema classificatório da Liga de Galar, em muitos conceitos remetendo às ligas nacionais que temos por aí, e citando até uma Champions League! Imagino a pancadaria que não seria se todos os Champions da Neo Aliança fossem colocados em um torneio pra se quebrar até não sobrar mais um mísero grão de poeira pra contar história...

    Gloria vai de Scorbunny, já é minha protegida! Team Scorbunny aqui, rapaz! Não poderia ser diferente pra nós que estamos nessa vida de jogador kkkkkkk Gostei da personalidade dela, uma garota que excede o que se espera da sua idade no que diz respeito à dedicação no que faz. Ela é centrada, planeja bastante os passos que vai tomar, estuda tudo que pode antes de pensar em desenvolver novas estratégias. Desse jeito tem tudo pra ser uma garota prodígio. Mas fico pensando se em algum momento todo esse rigor dela não pode acabar se tornando um problema de "overthinking" que pode acabar atrapalhando o desempenho e a evolução dela. Veremos.

    E quer dizer que logo o Hop, que foi um personagem que eu gostei nos jogos, vai ser o chatão da história? kkkkkkkkkk Porque cara, pra ele só dar um oi e a Gloria ter essa vontade de sumir, significa que alguma coisa (ou coisas) aconteceu no passado que gerou algum constrangimento ou frustração. Curioso pra saber como as coisas chegaram a esse ponto.

    Fica agora a ansiedade pra ver a nossa protagonista em ação. Quero ver como ela se sair em batalha. Com essa trajetória dela na classe Youngster, ela certamente vai ter um nível de experiência maior do que a garotada que pegar um Pokémon inicial e sai desbravando o mundo de cara, então o que esperar dela nessa final de campeonato é realmente uma incógnita!

    Ótimo capítulo, meu querido!

    Até a próxima! õ/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nãããoooo sem mais trocadilhos por favooor.

      Antes demais quero pedir desculpas para responder o seu comentário, tive sempre a impressão que já tinha comentado e quando vi, estava aqui sem resposta nenhuma.

      É bom ter comentado sobre o "prólogo" do primeiro capítulo, realmente achei que seria uma boa ter esses flashbacks ou flashforwards, veremos como irei desenvolver. E bem, quem lhe garante que é a Glória? Será que é ela ou não? Enfim, não darei muitos spoilers.

      Aaaahhh, com esses elogios eu até fico corado cara, não sei como responder, agradeço muito. Tipo, cá entre nós, a única coisa boa em Galar para além dos personagens é talvez o seu foco nessa jornada da Liga e do Ginásio. Onde pela primeira vez soa realmente como a liga que vemos no anime e parece ser algo sério. Além claro, das referencias a liga competitiva de futebol de Inglaterra, Premier League.

      Então eu claro que tive que passar essa seriedade para a história e a dificuldade em entrar para essa profissão em Galar. É muito disputado, existem milhares de treinadores então é preciso fazer esse sistema de peneira para encontrar os melhores dos melhores, os diamantes brutos aqueles que realmente tem uma chance minima de chegar a liga dos Campões ( O campeonato final contra o campeão ).

      Eu tinha que ir com Scorbunny, claro que tinha, inclusive espero que tenha apanhado a referencia quanto ao nome. Quanto ao Overthiking da personagem, realmente veremos, não irei falar muito a respeito, mas acho que vocês são capazes de gostar o arco que tenho para a personagem.

      Quanto ao Hop, ele é atualmente um dos meus personagens favoritos da nova geração então espero trabalhar muito bem com ele, alem de claro, adicionar mais complexidade ao personagem e deixar ele único comparado a história original e outras histórias, mantendo claro a sua essencia.

      Realmente, eu quis meio que tirar essa ideia de treinador novato, ter que aprender o básico de estratégias etc. Aqui, sim ela é uma treinadora novata, porém tem bases, sabe como funciona os tipos, estratégias etc.

      Muito Obrigado pelo seu comentário, ShadZ e mais uma vez peço desculpa pela demora em que lhe respondo.

      Até a próxima e um Abraço!

      Excluir
  6. Oiiiii Welfie!

    Rebootastes. Vamos ver se valeu a pena.
    E a primeira mudança já é a mudança de perspectiva. Dessa vez vamos de primeira pessoa. Vamos ver como você se sai. Por esse primeiro capítulo, você conseguiu entregar um mergulho da nossa personagem muito legal. Gostei como os pensamentos dela vão naturalmente nos levando a explicações muito bem-vindas do mundo.
    E como sempre essa atmosfera competitiva de Galar é muito fascinante. É um diferencial da região muito mais legal que os dynamax hahahahaha
    E esse final, hein. Tenho que confessar que me pegou desprevenido os pensamentos dela, mas vamos ver como você vai trabalhar isso.
    E é isso, até o próximo capítulo!

    ResponderExcluir

- Copyright © Neo Pokémon Galar - Distribuído por Blogger - Projetado pela Neo Aliança -