domingo, 2 de abril de 2023

Quando Leon entrou pela porta do pub, uma onda de pessoas se aglomerou em sua volta, ávidas por um autógrafo ou apenas para trocar algumas palavras com o campeão. Eu me vi levemente desconfortável com o tanto de homens quase me esmagando.


Adultos agiam tão fanaticamente quanto eu, mostrando que não havia idade para ser fã. Eu observei cada movimento de Leon enquanto ele cumprimentava os frequentadores com bons e sinceros sorrisos, parecendo tão à vontade ali como se estivesse em sua própria casa.



CAPÍTULO III
UMA VISITA INESPERADA


Ele sacou uma caneta do bolso e começou a autografar as camisas das pessoas, conversando com elas casualmente. Eu me vi hipnotizada por sua desenvoltura e charme natural. 


O ambiente era caótico, com o barulho das conversas e risadas misturando-se ao som das músicas tocadas no jukebox. Mas eu não conseguia deixar de sentir a presença de Leon, como se ele fosse o único ponto de foco em meio a toda aquela confusão.


Parecia esquisito, mas era normal.

Leon sempre foi uma figura conhecida naquela vila. Ele havia crescido lá e, certamente, alguns dos homens que o cercavam haviam visto ele dar seus primeiros passos, enquanto eu, quando pequena, tinha algumas breves lembranças de vê-lo pela aldeia. 


Era como se Leon fosse uma extensão daquele lugar, e o lugar fosse uma extensão dele. Eu não pude evitar sentir-me atraída por toda aquela aura de magia que envolvia o campeão. Ele era, talvez, tudo o que eu buscava em vida.


Era talvez aquilo que eu buscava em vida. 


Quando Leon terminou de distribuir os últimos autógrafos, ele anunciou que era hora de partir. As pessoas, respeitosas, abriram caminho para ele e concordaram em deixá-lo seguir em paz. John, que estava na bancada, acenou para nós e entrou para dentro da cozinha. 


Juntos, nós caminhamos pelas traseiras da vila, em direção a um pequeno morro onde eu costumava brincar com Hop.



Enquanto caminhávamos, a brisa fresca balançava meus cabelos e eu respirava fundo, apreciando o ar puro do campo, já fazia algum tempo que eu apenas relaxava e vivia.


Leon aproveitou para conversar:


— E como vão as coisas lá em casa? – perguntou, demonstrando interesse. – Sua mãe.


— Vão bem. – Dei de ombros. -  Ela continua trabalhando como florista e o negócio ainda está de pé.  No verão é sempre a época do mês que ela acaba trabalhando mais. 


— Não importa o ano, flores nunca perdem a graça. – riu, com uma expressão divertida no rosto. – Não é Hop? 


Hop, que seguia atrás de nós, estava estranhamente silencioso, o que era incomum para ele.


Eu sabia que ele era um grande fã do seu irmão, isso foi algo que nunca mudou nele, mas ele parecia inquieto, como se algo o estivesse incomodando. Isso não impediu o mais velho de fazer uma piada: 


— E o meu irmão, Hop? Você deve conhecê-lo. – disse em tom zombeteiro. -  Como ele está? Anda cuidando bem dele?


Senti um aperto no peito ao ouvir aquilo. Como eu poderia explicar que nossa amizade não era mais a mesma? Olhei para trás e Hop me encarou por alguns segundos, me dando um sorriso que se desfez tão rápido que eu mal tive tempo de retribuir.


— Claro! Ele está indo bem nos estudos. – menti, sentindo o peso da mentira em minha língua. – E adoramos treinar juntos, depois da escola.


Leon pareceu acreditar na minha mentira e sorriu, aliviado.


— Ótimo – disse. - Fico genuinamente feliz em ouvir isso. Vocês têm uma amizade muito especial e valiosa, que deve ser preservada a todo custo. Amigos verdadeiros são raros, sabem? Quando os encontramos, devemos cuidar deles como um tesouro.


Eu podia sentir a emoção em sua voz, e por um momento, senti como se ele estivesse compartilhando uma parte muito íntima de si mesmo conosco. A expressão de Leon mudou por breves momentos, como se ele estivesse dando o conselho não só para nós.


Ambos permanecemos em silencio:


— E é bom que continuem treinando, ainda tenho que ver se progrediram desde a última vez que vos vi. – comentou Leon, mudando de assunto.


Finalmente, chegamos ao topo do pequeno morro. A vista da vila era deslumbrante, com suas casas de pedra e telhados de colmo, e o sol se pondo no horizonte. Ali ficava uma bela árvore, que escondia o caminho para a floresta mística, mas fui surpreendida ao notar uma criatura laranja gigantesca deitada ali no chão.


Meus olhos arregalaram em surpresa e medo, talvez potencializados pelo álcool. 


Meleys, a famosa dragão de Leon, estava deitada próxima a uma árvore majestosa, com seus olhos azuis fechados e sua respiração profunda e rítmica. Eu sabia que ela era grande, mas só quando a vi de perto é que percebi a dimensão de sua magnitude. Ela possuía o triplo do tamanho de um dragão da sua espécie, e sua escama laranja brilhava com uma intensidade impressionante mesmo com o escurecer da tarde.



Meus pés hesitaram quando cheguei mais perto, instintivamente dando passos para trás. Leon riu um pouco com a situação, encorajando-me a avançar. Eu queria tanto me aproximar, mas a sensação de perigo era esmagadora.


Quando Meleys abriu um dos seus olhos com a nossa chegada, meu coração acelerou e eu fiquei paralisada. Ela me analisou com um olhar intenso e penetrante, uma mistura de perigosidade e curiosidade. Eu me senti como uma presa diante dela, frágil e vulnerável. Era como se ela pudesse ver através de mim, como se soubesse todos os meus segredos e medos mais profundos.


Eu estava completamente imersa naquele momento, incapaz de desviar meu olhar daquele olho azul penetrante. Ela parecia emanar uma aura de poder e autoridade, capaz de subjugar qualquer um que ousasse desafiá-la.


— Vamos lá, não sejam tímidos. - Leon nos desafiou com um sorriso convencido. - Meleys adora um carinho, vocês vão ver.


Ele só podia estar nos zoando, não era possível um dragão daquele tamanho gostasse de carinho na barriga. 


Com cautela, eu me aproximei da imponente criatura que repousava diante de mim e Hop veio atrás,  coloquei levemente em cima e a retirei rapidamente, pela temperatura. Seu corpo gigantesco estava envolvido por escamas de um laranja intenso, enquanto sua cauda pesada serpenteava o local com cuidado. Eu podia sentir a vibração do solo sob meus pés conforme ela se movia.


Apesar do tamanho, a delicadeza com que a dragão se movia era surpreendente. Ela fechou seus olhos, mas sua cauda continuou a se mexer, como se tivesse vida própria. As chamas na ponta da cauda queimavam com uma intensidade impressionante, como se estivessem vivas e pulsando em sincronia com o coração da criatura.


Todo o mundo conhecia a cauda em chamas de um Charizard e existiam várias hipérboles e falácias a respeito da tão curiosa chama quando na verdade era tudo apenas biologia.


O fogo na cauda nada mais era que a produção constante de gás metano graças ao metabolismo acelerado do tipo fogo em seu trato digestivo onde era liberado continuamente através de pequenos orifícios na pele que adivinha só, ficava na ponta da cauda. 


Quando exposto ao oxigênio e junto de mais um órgão de Charizard, voalá, a chama queima de forma constante e ao contrário do que dizem nos mitos, quando ela é apagada, o Charizard não morre. Só porque as duas coisas acontecem ao mesmo tempo, não significava que isso a causa.


A chama era mais um mecanismo de defesa e sinal de status, onde a cor e a intensidade podiam variar dependendo da idade e do estado emocional do Charizard, o caso Mileys a chama era grande e bem avermelhada. 


A Charizard soltou um leve rosnado, pequenas brasas saíram de suas narinas.


Hop e Eu nos assustamos e Leon deu uma breve gargalhada:


— Muito bem-disse ele. – Passaram no teste. Acho que cresceram comparado a última vez. 


 Sentamo-nos perto dela. Eu estava tão perto dela que podia sentir a respiração pesada do Pokémon e ver suas escamas. O solo voltou a tremer sob sua respiração pesada, enquanto ela emitia uma onda de calor que me envolveu como um abraço reconfortante.


As enormes asas da se fecharam em um movimento majestoso, cobrindo-a como um casulo. Eu me senti pequena e insignificante em comparação àquele ser imponente. O pescoço pesado do dragão envolveu Leon, e eu senti uma pontada de inveja. Como eu gostaria de ser acariciada por aquelas escamas quentes e macias.


— Meleys, a às do campeão. – eu disse, tentando disfarçar a minha admiração.


Não dava para contar nos dedos todas as vitórias de Meleys ao lado do Leon. 


A cada movimento que faziam, era evidente que a experiência de Meleys em batalha era incomparável. Ela sabia exatamente quando atacar e quando se esquivar, como se pudesse prever cada movimento do inimigo antes mesmo que ele acontecesse. E Leon, com sua determinação implacável, nunca deixava de acompanhá-la em cada golpe e defesa. 


Era como se eles fossem uma só entidade, em perfeita sintonia.


— Meleys não é minha às. – respondeu Leon com um sorriso, enquanto continuava a acariciar a criatura com cuidado. A dragão soltou um rosnado baixo e esparso, como se quisesse se fazer ouvir.  – Não tenho às na equipe. Todos os meus Pokémon são importantes.


—E eu sou azul. – Hop deixou escapar.


Sentado no meio, mantinha uma distância segura da criatura. Eu também estava um pouco receosa, mas ao mesmo tempo fascinada por cada detalhe daquele dragão imponente.


— Por que o rugido dela é tão diferente? – perguntei.


Leon sorriu, parecendo satisfeito por eu ter notado essa peculiaridade: — Ela tem um desvio de septo. – explicou. –  Resultado de uma batalha quando ainda era pequena...


Eu absorvi aquela informação, olhando para a criatura com ainda mais admiração. Ela era uma verdadeira guerreira, com cicatrizes e ferimentos que contavam a história de suas batalhas passadas.


Enquanto eu processava essa informação, Hop interrompeu abruptamente:


— Nos chamou para aqui para falar sobre Meleys? 


Leon riu, sacudindo a cabeça.


— Uau, parece que alguém acordou do lado errado da cama hoje. – Leon riu.


Permanecemos em silêncio, apenas observando o tempo fluir enquanto sentíamos a brisa suave da tarde acariciando nossos rostos. Eu podia sentir a tensão crescente entre os irmãos, como se algo o estivesse incomodando há algum tempo. Finalmente, Leon quebrou o silêncio com um suspiro profundo e a voz pesada de emoção contida:


—  Na verdade, eu estava em Wedgehurst desde a semana passada. -  Disse, Leon. A expressão descrente e perplexa de Hop só fez com que Leon risse, batendo nas costas do irmão. — Eu sei, eu sei, por que não avisei antes?


 Ele brincou, antes de justificar, mas eu podia sentir o nervosismo em sua voz:


— Para ser honesto eu não sabia como vocês me receberiam depois de tanto tempo. Sonia acabou me ajudando a encontrar coragem... Sem contar que, acabei me perdendo na cidade. 


Hop continuou calado, o entusiasmo que ele demonstrou ao me falar sobre a chegada de seu irmão desapareceu completamente. 


— Argh, eu não sou nada bom nisso. – Leon continuou procurando pelas palavras certas. –  Eu assisti a vossa luta. 


Eu deixei escapar um sorriso entusiasmado em meio àquela tensão. Não acreditava que ele tinha assistido à minha luta, e à final ainda por cima. Era uma mistura de felicidade e nervosismo que tomava conta de mim.


— Assistiu? – perguntei.

— E a sua final. Estava escondido. Seu Scorbunny é bem fortinho.  – confessou. – Só precisa de algum treinamento nas pernas para pular mais alto.

— Então quer dizer, que ficou uma semana em casa com a Sonia, assistiu nossas batalhas e decidiu aparecer só agora como nada se passasse? – Hop continuou, claramente desapontado. – Ainda me fez parecer um mentiroso na frente da Gloria?


Eu senti uma pontada de culpa por ter lhe chamado de mentiroso e de todos os meus maus pensamentos sobre ele. Não tinha pensado em como minha atitude poderia ser interpretada. Mas antes que pudesse me desculpar, Leon interveio:


— Não quis atrair atenção nas arquibancadas, cara. – explicou Leon. – Aquele momento era todo de vocês e eu queria apenas apreciar a luta sem roubar o protagonismo. 


Hop pareceu engolir a resposta.


—  E deixe-me dizer, vocês são bons. Meio que me fizeram lembrar da minha infância... e...

— E...

— Eu gostaria de indicar vocês à primeira divisão. – disse Leon. 


Leon pronunciou aquelas palavras e eu senti uma espécie de impacto em minha mente. Gostaria de me indicar para a primeira divisão? Aquilo era um pensamento incrível e improvável, mas uma semente de esperança floresceu em meu coração. Eu me peguei olhando para Leon com olhos arregalados, tentando absorver a informação e entender se aquilo era mesmo realidade.


Não conseguia parar de pensar no que significaria estar na primeira divisão, disputando contra treinadores poderosos e renomado. Seria um passo enorme na minha carreira como treinadora, algo que eu nunca havia considerado possível até então, de um simples garota de uma vila. 


 Quando venci o torneio, eu jamais acreditava que seria chamada para a competir a na segunda divisão pelo seu nível muito alto e competitivo se equiparando a outras ligas mundo afora, mas sair de uma escola diretamente para primeira divisão era algo delirante e meu corpo todo parecia vibrar com a possibilidade.


Eu olhei para Hop e pude ver em seus olhos um brilho intenso e uma confiança que eu nunca havia visto antes. Ele parecia pronto para agarrar aquela oportunidade com todas as suas forças, sem hesitar.


Pude sentir uma onda de admiração por ele.


— Eu aceito. – ele disse.


Quanto a mim, a dúvida começou a tomar conta de mim. Era mesmo seguro pular diretamente para a primeira divisão, sem passar pela segunda? Eu não queria arriscar tudo que eu havia construído até então. Eu não queria queimar etapas e correr o risco de fracassar. Eu sabia que precisava seguir uma progressão constante e segura, mesmo que isso significasse recusar uma oportunidade incrível.


— Eu não sei... – deixei escapar, sentindo-me insegura. – Não posso aceitar, ainda não.


Hop se levantou abruptamente, parecendo frustrado com minha hesitação.


— Não pense em recusar. – disse ele, enfático. — Você sonhou e tem trabalhado a vida inteira para uma oportunidade como essa, agarre-a!


Eu baixei a cabeça, sabendo que ele tinha razão, mas ainda me sentindo perdida e confusa.


Leon, por sua vez, se aproximou com um sorriso gentil e tranquilizador.


— Sei que é uma decisão difícil, Glória. – comentou ele. - Eu mesmo demorei semanas quando Rose apareceu com a proposta para mim, mas sei que você vai tomar a decisão certa, independente se aceitar ou não. Siga o seu coração.


Suas palavras me acalmaram um pouco, e eu olhei para ele com gratidão. Ainda assim, a decisão não era fácil, e eu precisava de mais tempo para pensar.

Eu permaneci parada, encarando o horizonte que começava a escurecer com a chegada da noite. A brisa fresca da noite soprava em meu rosto, agitando meus cabelos soltos. Eu tinha que voltar para casa e pensar no assunto, mas a decisão me parecia tão distante e complexa. Suspirei, deixando meus pensamentos vagarem por um momento.


Foi então que ele se aproximou de mim, com aquele sorriso simpático e olhos penetrantes. Ele estendeu o celular em minha direção.


— Fique com o meu número. — disse ele, com uma voz suave e tranquila. — Quando se decidir, me ligue. Irei enviar minha carta imediatamente para a Confederação.


Eu peguei o celular com as mãos trêmulas, olhando para aquele aparelho tecnológico como se fosse um objeto mágico e enigmático. Trocamos algumas palavras, e então me despedi, deixando os três ali, enquanto eu caminhava em direção à minha casa.


Quando finalmente cheguei em casa, o cheiro de comida caseira e o som da TV ligada me acolheram. Eu parti para fazer o jantar antes que minha mãe chegasse, como de costume. Mas minha mente ainda estava longe dali, voando para longe, em busca de uma resposta para a decisão que eu precisava tomar.


Só acordei do transe quando a carne no garfo que levava a minha boca acabou por cair no chão, fazendo um barulho surdo. Minha mãe já estava a minha frente, estamos na hora de jantar. 


— Ouvi dizer que venceu o torneio, campeã... – disse com um sorriso caloroso, animada por ver sua filha vitoriosa. Seus olhos brilhavam com orgulho enquanto ela me elogiava por ter vencido o torneio.


Mas eu não conseguia saborear sua alegria. Meus pensamentos estavam turvos, e a euforia da minha mãe só aprofundou a pressão que sentia. 


Tentei responder às suas palavras de encorajamento, mas minhas palavras morreram na minha garganta. Minha mãe percebeu a minha hesitação e imediatamente se preocupou. Ela pousou o garfo e limpou os lábios com o guardanapo, seus olhos fixados em mim com uma preocupação evidente.


— Não está com fome? – perguntou, sua voz repleta de ansiedade. – Aconteceu alguma coisa?


Tentei ignorar a ansiedade em sua voz e respondi com uma voz vazia.


— Não, mãe, está tudo bem. – disse eu, mas sabia que ela não estava convencida. Não conseguia mais ficar sentada naquela mesa, a cabeça girando com as escolhas que precisava fazer. Levantei-me, decidida a ir para o meu quarto. – Só estou um pouco cansada, desculpa. Acho que vou para o meu quarto.


Não esperava mais perguntas ou comentários, deixando a sala de jantar para trás e caminhando em direção ao meu quarto. Meus passos eram pesados, minha mente se debatia com as decisões que precisava tomar. Era hora de decidir meu futuro, e não sabia se estava pronta para isso.


{ 4 Comentários... leia-os abaixo ou comente }

  1. Decide-te mulher! Vá beber mais álcool se for preciso. Estou torcendo por ti Gloria! És capaz!

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    1. Calmaaaa! Que beber cerveja demais também faz mal, ainda mais se levar em conta que ela é menor, se afaste da cerveja, Glória se afaste imediatamente!

      Tomar a decisão acho que todos nós já sabemos qual ela irá tomar a pergunta é, porque ela está tão indecisa a respeito? Esse é o ponto que quero trazer a mesa e me aprofundar ainda mais na personagem.

      Obrigado pelo comentário, Shii! Vejo você na próxima!

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  2. E no fim das contas o Leon assistiu a batalha mesmo! Glória sentiu o remorso de ter achado que o Hop era um mentiroso. E eu tinha uma suspeita de que ele não estava mentindo. Sei lá, mesmo tendo visto pouco do Hop da sua fic eu não consigo sentir maldade vindo dele. Essa questão entre ele e a Glória tudo me leva a crer que é um mal entendido, alguma questão não resolvida por falta de comunicação. Acho que na medida em que os dois forem retomando a convivência as coisas devem se resolver.

    A Glória está completamente certa em parar pra pensar a respeito do convite. Isso analisando friamente a situação, porque de fato pra ela sair de um torneio amador para a primeira divisão é um salto muito grande e arriscado. É outro nível de pressão, outro nível de exigência, e uma exposição muito maior do que ela esperaria, pro bem e pro mal. Mas nós como leitores estamos obviamente querendo jogar a pobre coitada na fogueira e mandar ela aceitar de uma vez kkkkkkkkk

    VAI, GLORINHA! O QUE NÃO MATA TE DEIXA MAIS FORTE!

    Até a próxima! õ/

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    1. Yo ShadZ!

      Como vai? Seus comentários são sempre muito bem-vindos, irmão adoro ler a sua opinião.

      Claro que o Leon iria assistir, ele é o milhor. Eu meio que quis mudar o pouco comparado ao plot do jogo, os acontecimentos seguem um pouco parecidos, como dele estar em Wedgehurst e a multidão de pessoas, porém motivos é que são completamente diferentes.

      Eu percebi que neste e no próximo capítulo que gosto de escrever em primeira pessoa justamente por causa de momenos como esse, da personagem sentir remorso, ter planos e ideias errados, é muito bom entrar na psique do personagem e não saber do "plano maior" de como é escrever em terceira pessoa, do narrador onisciente, sabe?

      Quanto a decisão dela, sobre o convite existe mais uma camada por cima que você vai descobrir no próximo capítulo. É tudo muito arriscado, segui o exemplo de alguns casos de jogadores de futebol que você assim como eu deve conhecer. Alguns deles deram um passo maior do que poderiam (desculpe o trocadilho), e mesmo sendo muito talentosos, não conseguiram alcançar o sucesso que esperavam.

      A Glória tem que colocar tudo isso na balança e saber o que vai fazer... Já o Hop, entrou de cabeça e agarrou a oportunidade imediatamente.

      Muito Obrigado pelo comentário e vejo você no próximo!

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